A edição, lançada em junho de 2025, trouxe Oruam como destaque da “Celebration Issue”, ao lado de outros nomes da nova geração global. Fotografado por Pedro Napolinário e com styling de Natasha Ribas, o editorial mistura estética de favela com moda de luxo.
O cabelo vermelho, sua marca registrada, aparece replicado em jovens ao seu redor, reforçando a força da sua imagem cultural. Na entrevista, Oruam fala sobre sua origem, a ligação com o pai preso — Marcinho VP, líder do Comando Vermelho —, sua ascensão meteórica no trap, a ostentação, a fé e a polêmica que carrega nas costas. Ele se define como anti-herói, abraçando o contraste entre fama, favela e controvérsia:
“Tem um projeto de lei com meu nome… então devo ser muito famoso. Vão lembrar de mim pra sempre.”
A capa gerou repercussão pesada nas redes. Parte do público e da mídia acusou a Dazed de glamurizar o crime e ignorar a memória de Tim Lopes, jornalista assassinado em 2 de junho de 2002 — exatamente 23 anos antes do lançamento da edição com Oruam. A grife Osklen, que cedeu roupas para o editorial, chegou a apagar o post com o rapper após críticas, alegando que não apoiava “personagens”, Oruam respondeu:
“Fui capa da Dazed e muita gente disse que eu não merecia. Mas a revista internacional entendeu o que eu represento. Isso é o racismo estampado na sociedade.”
Com hits como Invejoso e o álbum Liberdade, Oruam já é um dos artistas mais escutados do Brasil. Agora, sua imagem atravessa fronteiras e seu nome ecoa nas maiores discussões sobre arte, desigualdade e liberdade de expressão. A capa da Dazed pode ser polêmica, mas mostra que Oruam virou algo maior que o próprio RAP: um símbolo de tudo que o Brasil ainda precisa encarar.
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