Drake apresentou uma ação judicial contra sua própria gravadora, a Universal Music Group (UMG), alegando que a empresa promoveu e distribuiu música.

Na música “Not Like Us”, Kendrick acusa Drake de pedofilia em sua letra e a situação escalou para um nível alarmante quando Drake relatou uma série de ameaças à sua segurança e à sua família após o lançamento da faixa.

Segundo documentos legais apresentados por Drake, os eventos começaram logo após a estreia da música. A residência do artista, localizada em Toronto, foi alvo de um ataque armado, no qual um grupo de agressores abriu fogo e feriu uma segurança. Além disso, outras tentativas de invasão ocorreram nos dias subsequentes, incluindo uma situação em que um intruso teria cavado sob uma cerca de segurança da propriedade para acesso ao local.

Em decorrência desses incidentes, Drake decidiu retirar seu filho, Adonis Graham, de sete anos, da escola primária que frequentava em Toronto e tomou medidas para que sua ex-companheira, Sophie Brussaux, e o menino deixassem a cidade por segurança.

No processo de 81 páginas apresentado à Justiça, a equipe jurídica de Drake afirmou que esses eventos não foram coincidentes e que a UMG teve um papel central em colocar sua segurança em risco. A acusação sustenta que a gravadora optou por priorizar o lucro, promovendo uma música com acusações falsas e perigosas em detrimento do bem-estar de um de seus principais artistas.

Drake comparou o impacto do caso às teorias conspiratórias como o “Pizzagate”, que desencadeou episódios de violência nos Estados Unidos em 2016.

A UMG, por sua vez, negou categoricamente as acusações de Drake, classificando-as como “infundadas”. Em uma declaração oficial, uma porta-voz da gravadora disse que a ideia de treinar um artista do calibre de Drake seria ilógica, considerando os anos de investimento e sucessos comerciais alcançados em conjunto. Eles ressaltaram que a gravadora sempre trabalhou para alavancar a carreira de seus artistas globalmente.

A disputa gerou um amplo debate na mídia e entre fãs sobre os limites da liberdade artística no hip-hop e as responsabilidades das gravadoras em relação ao conteúdo que promovem. Diss track, historicamente comuns no gênero, muitas vezes trazem críticas duras e provocativas, mas este caso levanta questionamentos sobre o impacto pessoal e social dessas letras quando chegam ao público.

O caso ainda está em andamento e pode trazer desdobramentos significativos, tanto para a relação entre Drake e a UMG quanto para as discussões sobre ética no hip-hop e nos negócios da música. Enquanto isso, Drake afirma ter tomado medidas permanentes para proteger sua família e aumentar a segurança, destacando que as ameaças ainda pairam sobre sua vida pessoal.