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Orochi expõe hipocrisia da ‘Lei Anti-Oruam’: ‘Querem silenciar nossa cultura’

Na noite desta quinta-feira (20), o rapper Orochi pagou uma fiança de R$ 60 mil para assegurar a liberação do Oruam, detido durante uma blitz na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Após a soltura, Orochi utilizou suas redes sociais para manifestar sua indignação em relação ao projeto de lei conhecido como “Lei Anti-Oruam”.

O projeto, de autoria da deputada Amanda Vettorazzo (União Brasil-SP), visa proibir a utilização de recursos públicos para a contratação de artistas cujas obras promovam apologia ao crime, uso de drogas ou conteúdo sexual explícito, especialmente em eventos destinados ao público infantil e adolescente. A proposta já foi protocolada em São Paulo e em outras 12 capitais brasileiras.

Em suas declarações, Orochi classificou a iniciativa como “a maior piada dos últimos tempos” e sugeriu que a deputada estaria utilizando o nome de Oruam para ganhar destaque na mídia. “Todo mundo que apoia a Lei Anti-Oruam, na verdade, está contra a música de rua, contra todo mundo que fala a verdade”, afirmou o rapper. Ele também destacou que a medida representa uma forma de censura aos artistas que retratam a realidade das periferias em suas músicas.

Oruam, cujo nome de batismo é Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, ganhou notoriedade na cena musical brasileira com letras que abordam a vivência nas comunidades e questões sociais. Recentemente, ele lançou seu primeiro álbum de estúdio, intitulado “Liberdade”, que conta com participações de artistas como MC Poze do Rodo, MC Cabelinho e o próprio Orochi. No álbum, há uma faixa homônima ao projeto de lei, na qual Oruam rebate as críticas e defende a liberdade de expressão artística.

A detenção de Oruam ocorreu após o artista realizar uma manobra conhecida como “cavalo de pau” em frente a uma blitz policial. O incidente gerou debates nas redes sociais, com fãs e outros artistas se posicionando contra o que consideram uma tentativa de criminalização da cultura periférica.

A “Lei Anti-Oruam” tem gerado discussões acaloradas sobre os limites da liberdade artística e a intervenção estatal na cultura. Enquanto alguns defendem a necessidade de regulamentação para proteger o público jovem de conteúdos considerados inadequados, outros argumentam que a medida pode representar uma forma de censura e repressão à expressão cultural das comunidades marginalizadas.

Orochi concluiu suas declarações enfatizando a importância da resistência cultural: “O sistema é contra nós, mas continuaremos firmes, levando nossa verdade através da música”.

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