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Poze e Filipe Ret desabafam e criticam operação policial no Complexo do Alemão

A recente operação policial realizada no Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro, nos dias 24 e 25 de janeiro, desencadeou forte indignação entre os artistas.

Poze do Rodo e Filipe Ret utilizaram suas redes sociais para criticar a recente operação policial no Complexo do Alemão, destacando os impactos negativos da intervenção estatal na comunidade.

O Poze, conhecido por suas raízes no Complexo do Alemão, lamentou profundamente a tragédia que se abateu sobre a comunidade. Em suas redes sociais, o artista expressou indignação ao saber que, após distribuir mais de seis toneladas de alimentos para os moradores, a resposta do governo foi uma operação que resultou na morte de Carlos André Vasconcelos, um jardineiro atingido por bala perdida enquanto tomava café a caminho do trabalho.

Poze destacou que muitos dos moradores, já em situação de vulnerabilidade, agora terão que arcar com os danos materiais causados pela ação policial. Ele também rebateu críticas sobre suas músicas, afirmando que elas retratam a dura realidade das favelas, algo que muitos fora desse contexto não conseguem compreender. “Quem sofre são os moradores, que já vivem no limite e agora têm que lidar com mais destruição”, desabafou.

Filipe Ret também se pronunciou, trazendo uma perspectiva crítica sobre as políticas de segurança pública no estado. Em seus stories no Instagram, Ret denunciou a abordagem do Estado em comunidades periféricas, classificando-a como ineficaz e desumana. “Colocam 500 policiais pra chegar atirando, mas não colocam 1% de vontade pra uma melhoria profunda e definitiva”, declarou o artista.

Ret ironizou os resultados da operação: “3 mortes + 9 feridos + milhares de tiros + transtorno/trauma para milhares de moradores = maconha apreendida”. Ele ainda criticou a polarização do debate público, onde opiniões contrárias às ações estatais muitas vezes são vistas como apologia ao crime.

A operação, que deixou um saldo de pelo menos cinco mortes e nove feridos, reacendeu o debate sobre a violência estatal e as prioridades do governo nas comunidades periféricas. Para artistas como Poze e Ret, as soluções passam pela implementação de políticas públicas que promovam educação, cultura e oportunidades, ao invés de reforçar uma presença armada que perpetua o ciclo de medo e sofrimento.

As críticas de ambos os artistas repercutiram amplamente, gerando apoio de seus seguidores e levantando questões sobre a eficácia das operações policiais em favelas. Para os moradores do Complexo do Alemão e da Penha, o desejo é claro: viver sem o constante medo de se tornarem vítimas da violência que o Estado deveria combater.

Esse episódio mostra que, além das tragédias imediatas, a operação também expõe a necessidade de um debate mais amplo sobre o papel do Estado em promover segurança com dignidade e respeito às comunidades.

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